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Diagnóstico de dermatite atópica pode demorar até dez anos pelo SUS; entenda

O diagnóstico de dermatite atópica pode demorar mais do que o esperado, principalmente no SUS. Entenda o porquê!

A dermatite atópica é uma doença comum, que acomete mais de dois milhões de brasileiros. No entanto, seu diagnóstico no SUS (Sistema Único de Saúde) pode demorar até dez anos.

O grande problema dessa demora é que traz implicações negativas para o paciente, comprometendo sua qualidade de vida. Há impactos tanto na saúde física como na mental.

Aqui, falamos mais sobre a demora no diagnóstico da dermatite atópica pelo SUS e sobre a doença. Continue a leitura e descubra!

O que é dermatite atópica?

Diagnóstico de dermatite atópica pode demorar até dez anos pelo SUS; entenda

A princípio, é importante saber o que é dermatite atópica. Trata-se de uma doença crônica que leva à inflamação das camadas profundas da pele, provocando coceira intensa e lesões.

A doença pode ser classificada como leve, moderada ou grave, de acordo com a intensidade dos sintomas, extensão e gravidade das lesões na pele. A dermatite atópica provoca crises que podem durar meses ou anos, mas há pacientes que têm sintomas de forma permanente.

A dermatite atópica não é contagiosa e sua causa é desconhecida. Sabe-se somente que é uma doença de origem hereditária e uma criança que tem pais com asma, rinite, alergia ou dermatite tem cerca de 25% de chance de ter essa condição atópica.

Curiosamente, aproximadamente 60% dos casos de dermatite surgem no primeiro ano de vida e em 60% desse total a doença some até a adolescência. Quem tem casos graves ou associados a rinite ou asma pode ter a condição indefinidamente.

De 2% a 10% dos casos de dermatite atópica são em adultos. O pico de crises nessa faixa etária normalmente ocorre em adultos de 20 a 40 anos.

Quais são os sintomas da dermatite atópica?

  • Pele muito seca, com prurido que leva a lesões escoriadas;
  • Secreção ou sangramento da orelha;
  • Pele esfolada por causa da coceira;
  • Alterações de cor da pele;
  • Pele mais escura ou clara do que seu tom normal;
  • Vermelhidão e inflamação ao redor das lesões;
  • Pele espessa ou parecida com couro, características que surgem após uma irritação ou coceira prolongada.

Como é feito o diagnóstico da doença?

Não existe um exame específico capaz de identificar a dermatite atópica, por isso o diagnóstico é por exame da pele, análise de sintomas e levantamento de histórico médico e familiar do paciente.

É justamente por isso que se deve ser detalhista nas consultas, passando o máximo de informação para o médico. Dessa forma, fica mais fácil diagnosticar a doença. O médico responsável pelo diagnóstico e tratamento é o dermatologista.

Diagnóstico no SUS pode demorar dez anos

De acordo com dermatologistas consultados pela Comissão Externa da Primeira Infância, da Câmara dos Deputados, o diagnóstico da dermatite atópica na rede pública de saúde pode demorar até 10 anos.

Muitas vezes, a doença é tratada como psoríase ou alergia, mas não vai embora. Pode demorar meses ou anos para que o paciente receba o diagnóstico correto, o que acaba causando impactos negativos ao paciente e pessoas ao seu redor.

Além dos sintomas típicos da doença, o paciente também sobre implicações pela demora no diagnóstico e não tratamento correto da enfermidade. Em crianças, por exemplo, a condição aumenta o risco de rejeição social, pois há uma crença equivocada de que a doença é transmissível. Há, ainda, uma maior chance de a criança sofrer bullying.

A doença também pode causar problemas de imagem e o risco de depressão é duas vezes maior do que em pessoas que não têm a doença. A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) divulgou que pessoas com a condição têm 44% a mais probabilidade de suicídio.

Pensando em reverter esse quadro, a Câmara dos Deputados trabalha para criar o dia nacional de conscientização sobre a dermatite atópica, com debates sobre políticas públicas voltadas ao tratamento da doença.

Tratamento de dermatite atópica pelo SUS

Após o diagnóstico correto da doença, o paciente consegue o tratamento de dermatite atópica gratuitamente no SUS. Ele é feito à base de medicamentos como os anti-histamínicos, que reduzem a coceira.

As lesões na pele são tratadas com medicamentos tópicos, como os que levam cortisona e precisam de receita médica para compra. O dermatologista também pode indicar antibióticos para lesões infeccionadas.

Os imunossupressores também são muito utilizados no tratamento da dermatite atópica, atingindo uma taxa elevada de sucesso.

Flavio Carvalho
Gestor de Projetos e Pessoas da WebGo Content. Especialista em SEO e novos Projetos. Formado em Relações Públicas (PUC/PR) e experiência de mais de 10 anos no Marketing Digital.

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